Polícia Civil investiga empresa de festas após denúncias de cancelamento de casamentos e descumprimento de contratos em Juiz de Fora
13/12/2024
Segundo a corporação, a 'Granjas da Gil' já tem 15 registros de infrações e estelionatos. Nas redes sociais, local afirmou que está comprometido em fornecer respostas e buscar soluções. Granjas da Gil, em Juiz de Fora
Rodrigo Neves/TV Integração
A Polícia Civil de Juiz de Fora informou, nesta sexta-feira (13), à TV Integração que está investigando a empresa de eventos Safira Hotel Fazenda Ltda., conhecida como 'Granjas da Gil', após diversas queixas de clientes sobre descumprimento de contrato, desorganização e negligência na realização de festas de casamento.
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Segundo a corporação, o estabelecimento já possui 15 registros de infrações e estelionatos. Quatro desses casos resultaram em representações formais por parte dos consumidores, e os procedimentos de apuração já foram iniciados.
Pelas redes sociais, a Granjas da Gil disse que está comprometida em dar respostas e buscar soluções, mas não garantiu a realização das cerimônias vendidas. (Veja mais abaixo o pronunciamento completo).
As ocorrências estão na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora e sob a apuração do delegado Armando Avólio.
Relembre o caso
Mais uma empresa de festas é denunciada em Juiz de Fora
Em entrevista à TV Integração, a advogada Laura Siqueira Castro Rocha contou que foi procurada por um casal, que não quis dar entrevista, e que teve o casamento realizado em dezembro de 2022, mas enfrentou problemas durante o evento.
No entanto, ao chegar ao local alugado, eles alegaram que diversos itens contratados, como decoração e serviços de buffet, não foram entregues conforme o combinado, resultando em uma experiência frustrante.
Imagem mostra a decoração pedida e a decoração feita
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O valor total do evento ultrapassou R$ 17 mil, mas os noivos alegam que diversos serviços não foram entregues, como, por exemplo, as flores escolhidas, além de a chopeira ter apresentado problemas e os convidados terem ficado duas horas sem bebida.
Clientes denunciam empresa de festas por cancelar casamento e descumprir contratos em Juiz de Fora
Noivos estão apreensivos com o casamento
Bárbara Chamhum e Alexandre Vargas
Rodrigo Neves/TV Integração
Já os noivos Bárbara Chamhum e Alexandre Vargas pagaram quase R$ 30 mil pelo casamento e, em entrevista à TV Integração, disseram que, depois das reclamações de clientes da empresa, agora estão apreensivos.
A noiva disse que recebeu uma mensagem de um desconhecido, que contou que a festa dele, marcada para o último sábado (7), foi cancelada pela empresa, que alegou um déficit de R$ 16 mil.
“Eles tiveram que investir quase esse valor para realizar a festa, que foi um desastre. Ele me enviou prints de outras pessoas com experiências negativas, o que gerou grande preocupação", complementou.
70% dos pedidos de cancelamento em menos de 10 dias
No site Reclame Aqui, diversas reclamações mencionam a empresa, apontando descumprimento de contrato, desorganização e negligência. Diante dos relatos, clientes com contratos fechados e eventos marcados estão apreensivos, e muitos alegam que não conseguem mais contato com o responsável.
Em junho deste ano, a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Juiz de Fora registrou uma queixa de clientes que enfrentavam dificuldades para cancelar o contrato, que não estava sendo cumprido. Conforme o Procon, a reclamação ainda está em andamento.
Nas redes sociais, por sua vez, a empresa também afirmou estar avaliando os prejuízos após registrar cerca de 70% de pedidos de cancelamento em menos de 10 dias e garantiu que, até o momento, não declarou falência.
Caso Phormar:
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Como denunciar?
A Polícia orienta que qualquer pessoa que se sinta prejudicada procure a delegacia mais próxima, levando provas e documentos que possam ajudar na investigação. Assim, será possível registrar o ocorrido e fazer a representação criminal, para que as medidas legais necessárias sejam tomadas.
O que diz a empresa?
“Boa tarde a todos,
Pedimos desculpas em um primeiro momento a uma nota oficial feita de uma forma tão pessoal, e sem a assessoria de um setor jurídico para isso, até aqui, sempre levamos tudo em âmbito pessoal mesmo, entendendo que o fator humano é o grande coração por trás de uma empresa.
Recebemos a notícia de nossa queda por terceiros, não tivemos o mínimo tempo de posicionamento e muito menos de assimilação e de dimensionar o rombo por trás dessa situação.
Temos um histórico de 15 anos de empresa, já fizemos isso uma vez e voltamos a convidá-los a fazer uma viagem ao tempo em nosso Facebook em nosso primeiro post, de onde saímos até chegar na empresa com o maior volume de casamentos entregue ano na cidade! E vão ver que aqui dentro, tudo sempre foi feito com total amor, carinho e respeito ao cliente!
Na pandemia, tivemos o congelamento de média de 120 contratos, vendidos por valores de 15 a 50.000,00 cada.
Quando as coisas melhoraram, optamos em entregar todas as festas sem o repasse de uma inflação interna de 3x o nosso valor de venda para o cliente. Conhecíamos do mercado, sabíamos da nossa capacidade comercial, e com muita maestria foi iniciado a entrega das festas. E por um ano e meio, não deixamos de entregar uma única festa!
Todas as festas congeladas, foram entregues!
Visualizamos, o quadro de retomada, mas não prevíamos que ali seria uma das crises apenas que enfrentaríamos.
Depois dessas entregas, chegou a vez da devolução de recursos, de clientes que haviam cancelado, iniciamos as devoluções, muitas com valores integrais, até que a empresa não se via em condições de segmentar por esse caminho, foram feitos alguns acordos futuros pra essa devolução, e prosseguimos com toda força mais uma vez a gestão de uma nova crise, interna!
Com o volume de entregas, média de 100 festas anuais, foram chegando reclamações, e feedbacks negativos, dentro de uma margem plausível, mas que enfraqueceram mais um tanto o negócio.
Naquele momento, começamos uma reestruturação de qualidade, ativamos a força do nosso marketing, e segmentamos a reconstrução da nossa credibilidade, dando literalmente a vida por isso.
Enfrentado diversas crises, em tão curto prazo, não prevíamos uma crise ainda muito pior!
Fizemos a ativação do cerimonial da granja, aonde o mercado não parou mais de bater na gente, uma briga que colocou não só os cerimoniais contra a empresa, mas todos os fornecedores que aqueles cerimoniais indicavam.
Aos poucos, fomos mostrando para o mercado, que somos uma empresa democrática, e que não estávamos limitando nenhum fornecedor, nem mesmo os cerimoniais de trabalharem conosco.
Uns aceitaram bem, outros não!
E os que não aceitaram, juntaram-se a todas as crises citadas, e fizeram virar uma crise só.
Até que chega um momento interno, muito duro, a empresa totalmente sem credibilidade, com o volume de vendas indo praticamente a zero.
Continuamos remando com toda força que cabia em nós.
Quem está fora não sabe, mas quem estava dentro sabe o quanto de suor foi empenhado em fazer dar certo, temos bilhões de provas, que tudo foi feito único e exclusivamente pensando em reorganizar a empresa, entregar as festas e retomar nosso ponto de equilíbrio.
Porém, com tudo isso, além de alguns bloqueios judiciais, na última semana, estudamos a possiblidade de entrar com uma reestruturação empresarial, mas de forma maldosa, alguém falou que declaramos falência e havíamos fugido.
Quando você pega uma empresa que vem enfrentando, várias crises reais, e você comunica que ela faliu, e o responsável fugiu, ao menos momentaneamente, a situação fica incontrolável.
A mídia reverbera às coisas hoje, em uma velocidade, infinitamente impossível da capacidade humana de lutar contra. Então até aqui, ninguém declarou falência, "será declarado?"
Precisamos dimensionar o tamanho desse prejuízo.
A empresa vai entregar as festas vendidas? Já tivemos ao menos 70% da solicitação de cancelamentos em menos de 10 dias do nosso quadro de entrega. Vamos de fato precisar entender o tamanho do problema para respostas tão precisas.
O que temos de posição,
Primeiro, nossos clientes não vão ficar sem resposta ou solução!
Quando uma empresa de eventos "fali", ou comunica dificuldades, de imediato o julgamento social de "calote", "golpe".
Vamos ver o que a empresa tem pra mostrar?
Porque se a empresa x, y ou z, deram algum tipo de golpe.
Afirmamos com 1001% de legitimidade, que aqui, não teve na além, de alguém que fez de tudo pra reerguer esse negócio, e que toda nossa operação, ou ao menos 90% dela (digo recebimentos e pagamentos) foram feitos por transações de pagamento on-line, (ou seja), temos como mostrar, que não foi o nosso caso".
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